Campo Grande registra 156 casos de tuberculose; novas regras em unidades de saúde são adotadas

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A Secretaria de Saúde (Sesau) divulgou que 156 pessoas tiveram o quadro de tuberculose confirmado em 2023. O número representa um aumento de 27% do registrado em 2022, quando foram 559 no ano todo.

Devido ao aumento de casos, novas medidas foram publicadas no Diário Oficial de Campo Grande. A partir de agora, pacientes que estão com suspeita de tuberculose, deverão fazer o uso obrigatório da máscara de proteção facial durante atendimento nas unidades de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS).

A nova regra começou a valer na última quarta-feira (10) e determina a obrigatoriedade da máscara também para os médicos e demais profissionais da saúde que forem atender aos pacientes que estejam com suspeita da doença. 

Ao todo, são 18 critérios apontados pela Sesau que abordam desde como deve ser o comportamento do paciente, a conduta médica e até mesmo a eventual internação deste paciente que esteja com a suspeita ou que já tenha a doença diagnosticada.

De acordo com o Ministério da Saúde, a tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível, causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, também conhecida como bacilo de Koch. Afeta prioritariamente os pulmões (forma pulmonar), embora possa acometer outros órgãos e/ou sistemas.

No mundo, a cada ano, cerca de 10 milhões de pessoas adoecem por tuberculose e mais de um milhão morrem por ano. No Brasil são notificados aproximadamente 70 mil casos novos e ocorrem cerca de 4,5 mil mortes.

Novos critérios 

A partir de agora, fica obrigatório dentro das unidades de saúde o uso regular das máscaras N95/PFF2 por profissionais de saúde em todos os ambientes de atendimento clínico dos casos suspeitos ou comprovados laboratorialmente ou por exames de imagem de tuberculose pulmonar.

Unidades de saúde devem oferecer máscara cirúrgica a todos os pacientes sintomáticos respiratórios ou diagnosticados com tuberculose pulmonar e pacientes com infecção pelo HIV (diagnóstico clínico ou laboratorial) com sintomas respiratórios, ficando seu uso restrito à contenção das partículas no momento em que são geradas, sendo assim indicadas para uso pelos pacientes com tuberculose pulmonar bacilífera, ou os casos suspeitos, fora dos locais de isolamento.

Os pacientes com tuberculose pulmonar sem tratamento com TRM-TB (teste rápido molecular) ou com baciloscopia positiva e os casos suspeitos devem ter prioridade de atendimento.

Enquanto permanecer em atendimento nas Unidades de Pronto Atendimento ou Centro Regionais de Saúde, instituir precaução aérea em quartos privativos (preferencialmente) para indivíduos com tuberculose pulmonar bacilífera e para os casos suspeitos.

Outros critérios estão relacionados aos cuidados com os ambientes: os quartos de isolamento deverão permanecer de portas fechadas, com as janelas abertas para áreas de não circulação de pessoas e de preferência onde possa entrar luz solar. Nas portas dos quartos deverá ser fixada a sinalização de “Precaução Para Transmissão Aérea”.

Os pacientes em precaução aérea deverão utilizar máscara cirúrgica bem adaptada à face sempre que saírem do quarto, devendo ser restringida a movimentação do paciente fora de seu quarto. 

Os profissionais de saúde e visitantes deverão utilizar a máscara N95/PFF2 antes da entrada no quarto de isolamento e só retirá-la após a saída evitando entradas desnecessárias no quarto de isolamento.

O número de visitantes e acompanhantes deve ser reduzido ao menor possível evitando entradas desnecessárias no quarto de isolamento.

Na falta de quartos suficientes, pode ser aceita a colocação de mais de um paciente no quarto, desde que apresentem tuberculose confirmada e sem suspeita de resistência medicamentosa (retratamento, comunicante de TBMR).

A liberação do isolamento (caso haja indicação de permanecer internado) após 2 baciloscopias negativas em dias diferentes a partir da segunda semana de tratamento colhida pela manhã em jejum.

Pacientes sem baciloscopia (impossibilidade de coletar amostras de escarro) ou baciloscopia negativa, com suspeita clínica de tuberculose (se HIV-positivos) devem ser isolados em caso de qualquer alteração radiológica.

Sintomas

O principal sintoma da tuberculose pulmonar é a tosse. Essa tosse pode ser seca ou produtiva (com catarro).

  • Tosse por 3 semanas ou mais;
  • Febre vespertina;
  • Sudorese noturna;
  • Emagrecimento.

Diagnóstico

De acordo com o Ministério da Saúde, o diagnóstico laboratorial da tuberculose é fundamental tanto para a detecção de casos novos quanto para o controle de tratamento. O principal objetivo dos diagnósticos é detectar os casos, monitorar a evolução do tratamento e documentar a cura no fim do tratamento. 

Para o diagnóstico laboratorial da tuberculose são utilizados os seguintes exames: Teste rápido molecular para tuberculose (TRM-TB) ou baciloscopia; Cultura (coleta de escarros); e Teste de Sensibilidade aos fármacos.

Além do diagnóstico laboratorial, a avaliação clínica é de suma importância para o diagnóstico da TB e a realização da radiografia do tórax é indicada como um método complementar para esse diagnóstico.

Fonte: Correio do Estado – Por PATRICK ROSEL – Foto: São 18 critérios que devem ser adotados em relação a conduta médica, comportamento e internação dos pacientes diagnosticados com a doença – Agecom

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