Chamado de mestre pelo PCC, defensor público de MS é preso

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Por suspeita de integrar o PCC (Primeiro Comando da Capital), o defensor público Helkis Clark Ghizzi foi preso na manhã desta terça-feira (14) em cumprimento a um mandado expedido durante a segunda fase da Operação Courrier, chamada de “Maître”, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado). Segundo as investigações, integrantes da facção chamavam Helkis de “mestre”.

A investigação apontou indícios do envolvimento do defensor com a associação criminosa, sendo a prisão preventiva – por tempo indeterminado – expedida pelo juiz Eduardo Eugênio Siravegna Júnior, da 2ª Vara Criminal de Competência Residual, nesta segunda-feira (13).

Nesta manhã, Helkis foi abordado quando saía de casa, no Centro de Campo Grande, em seu veículo Toyota Hilux, momento em que foi cumprido o mandado. Em seguida, ele foi levado à Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro, sendo acompanhado pelo advogado, depois ao Imol (Instituto Médico e Odontológico Legal), onde faz exame de corpo de delito.

Helkis deve ficar detido em uma das celas do Presídio Militar.

O defensor público já havia sido afastado durante a deflagração da operação, no dia 1º de março deste ano, na Capital. Na data, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão.

O Gaeco apura crimes de associação criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva e violação de sigilo funcional qualificada, atribuídos a um advogado apontado como “gravata” do PCC (Primeiro Comando da Capital) – que já se encontra custodiado preventivamente -, o defensor público e seu ex-assessor, também advogado.

O nome da operação “Maître”, inclusive, faz alusão à forma que os demais integrantes da associação se referiam ao defensor público, denominado como “Mestre”, tratamento conferido aos operadores do Direito.

A Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso do Sul se limitou a dizer que “aguarda receber todas as informações a respeito da operação realizada nesta terça-feira”.

A reportagem não conseguiu contato com o advogado do defensor público Helkis Clark Ghizzi.

Conforme o Gaeco, as investigações, que começaram no início do ano passado, apontaram a formação do núcleo “Sintonia dos Gravatas”, célula do PCC, na qual advogados valiam-se, criminosamente, de suas prerrogativas constitucionais para transmitirem recados de faccionados presos a outros membros da organização criminosa, inclusive sobre planejamento de atentados contra a vida de agentes públicos: um juiz e um promotor.

Fonte: Campo Grande News – Foto: Gaeco durante buscas em um dos endereços durante deflagração de operação em março do ano passado. (Foto: Henrique Kawaminami)


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