Cerveja: quais riscos e benefícios à saúde?

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Cerveja é uma bebida alcoólica consumida há séculos pelos seres humanos. Ela é feita por meio da fermentação de grãos de cereais com levedura, lúpulos e diversos outros agentes aromatizantes. Essa bebida pode ser encontrada em várias formas, gostos, cores e quantidade de álcool, e agrada diversos públicos. 

A grande parte das cervejas conta com cerca de 4% a 6% de álcool em sua composição, mas essa porcentagem pode chegar até 40%. Nos últimos anos, as pessoas se tornaram mais adeptas da bebida em sua rotina diária, passando até mesmo a fabricar a própria cerveja dentro de casa. 

Com essa aproximação do álcool à vida do ser humano, alguns estudos descobriram que o consumo de vinho tem diversos benefícios para o organismo. O que deixou os fãs de cerveja intrigados para saber se o mesmo acontece com a bebida fermentada.

Os efeitos positivos da bebida, no entanto, são um dilema entre os profissionais da saúde e os cientistas. Isso porque tudo depende da quantidade que é consumida. Ou seja, consumir pequenas quantidades de cerveja pode causar vantagens a longo prazo para a saúde humana. Mas o consumo exagerado e o vício são extremamente nocivos ao organismo.

Composição

Apesar do baixo nível de calorias, a cerveja conta com diversas vitaminas e minerais em sua composição. O que faz com que ela possa ser nutritiva para aqueles que a consomem em uma quantidade pequena ou média. 

De maneira generalizada, uma cerveja costuma ter cerca de 153 calorias e dois gramas de proteína. As gorduras presentes na bebida não chegam a um grama, enquanto os carboidratos podem chegar até 13 gramas. As cervejas contêm açúcar em sua formação, cerca de menos de um grama, o que pode acabar gerando problemas para quem tem doenças como a glicose

Além disso, a maioria das cervejas contém glúten, o que pode ser um problema para celíacos e intolerantes ao glúten. 

Algumas vitaminas essenciais e que são encontradas nas cervejas são:

  • Potássio
  • Magnésio
  • Cálcio
  • Fósforo
  • Niacina
  • Folato

Outras opções da bebida são a cerveja light, que apresenta menos álcool em sua composição, e a sem álcool. Elas são boas alternativas para quem gosta de beber, quer se beneficiar disso e ao mesmo tempo consumir menos álcool. No entanto, é preciso lembrar que apesar de conter micronutrientes, a cerveja não substitui alimentos ricos em vitaminas e minerais.

Outro fator importante é que algumas cervejas, dependendo da cor, podem ser fonte de antioxidantes. Geralmente, quanto mais escura a cor da cerveja em questão, mais ela contém antioxidantes em sua composição. No corpo, essas substâncias ajudam a reduzir o risco de doenças crônicas e câncer. 

Benefícios 

Como a cerveja apresenta esses minerais, vitaminas e antioxidantes, diversos estudos levantaram possíveis benefícios que podem ser gerados pelo consumo. Alguns deles são: 

Reduz o risco de doença do coração

Estudos realizados com cerveja mostraram que o consumo leve ou moderado da bebida pode estar associado com a redução do risco de doenças do coração. Na pesquisa, realizada pela revista Nutrients, adultos acima do peso passaram 12 semanas consumindo cerveja uma lata para mulheres, e duas para homens por dia. 

Isso fez com que a quantidade de propriedades antioxidantes do colesterol bom (HDL) aumentasse. Melhorando a habilidade do corpo de remover o colesterol. Outro grande estudo, mostrou que a mesma quantidade de cerveja pode ajudar na redução do risco de doenças cardíacas assim com o vinho. 

Pode ajudar fortalecer os ossos

Já foi descoberto, em estudos recentes, que uma quantidade moderada de cerveja pode ajudar na manutenção dos ossos em mulheres pós-menopausa e em homens. Isso se deve, de acordo com pesquisadores, aos componentes neoalcoólicos da cerveja. Entretanto, essa descoberta é recente, e por isso é preciso haver mais estudos para comprovar este benefício da cerveja.

Pode reduzir o risco de quadros de demência 

O consumo baixo ou moderado de álcool na vida adulta pode ajudar a diminuir o risco de demência. Em contraponto, o alto consumo de álcool, como a cerveja, pode aumentar as chances de uma pessoa desenvolver o transtorno quando mais velho. 

Riscos do álcool 

Apesar dos benefícios da cerveja, que estão ligados a sua base natural de grãos, é essencial lembrar dos malefícios do álcool. O consumo excessivo de álcool pode causar impactos irreversíveis na vida de um ser humano, seja pela saúde ou através de problemas familiares e sociais. Alguns dos danos causados ao organismo das pessoas são:

Dependência do álcool 

Um consumo frequente e em grande quantidade pode gerar um risco alto de dependência ao álcool, e acabar em um transtorno ou vício. Essa dependência pode afetar severamente a vida da pessoa, principalmente se tratando no quesito social. Já que o risco de depressão também se torna maior. 

Aumento de peso

Uma lata comum de cerveja, que costuma ter 355 mL, contém 153 calorias, o que pode auxiliar no aumento de peso.

Risco de morte

Estudos mostraram que a dependência de bebidas alcoólicas está ligada a alta mortalidade e baixa expectativa de vida. Além disso, o consumo de cerveja pode causar algumas doenças ligadas ao álcool, que eventualmente podem levar à morte.

Doenças no fígado e câncer

Como dito anteriormente, pessoas que costumam beber muito álcool correm risco de enfrentar algumas doenças. Duas delas são o câncer e doença no fígado. Alguns exemplos são a cirrose, câncer na boca e na garganta. 

Artefato histórico

cerveja não surgiu nos tempos modernos, muito pelo contrário, está na terra há milhares de anos. Esse fator foi comprovado por cientistas, em diversos lugares do mundo. Como aconteceu na China, onde um grupo de arqueólogos encontrou resíduos de uma bebida semelhante a cerveja ao lado de esqueletos de cerca de 9 mil anos atrás. 

Suspeitos de que os copos de cerâmica encontrados com os esqueletos fossem de bebida alcoólica, os pesquisadores resolveram analisar a situação. Eles estudaram os artefatos em busca de microfósseis de fungos, amidos e matéria vegetal que normalmente são encontrados em bebidas fermentadas. 

Foi assim que eles descobriram que os potes de cerâmica eram usados para receber cerveja. Na época, ela era feita com arroz, um grão chamado Jobstears e tubérculos não identificados. Devido aos esqueletos que foram encontrados juntos, os pesquisadores acreditam que a bebida tinha um propósito importante nos rituais de morte. 

Apesar dessa descoberta datar ser de 9 mil anos atrás, o exemplo mais antigo na China, esse não é o mais antigo do mundo. Anteriormente foi encontrado um registro do consumo de cerveja de aproximadamente 13 mil anos em Israel. 

Fonte: Equipe eCycle

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