Professores de Campo Grande cogitam greve caso contraproposta não seja aprovada pela Prefeitura

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Cerca de 300 professores da rede municipal de educação de Campo Grande se reuniram na sede do Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública (ACP), na tarde desta sexta-feira (4), para debaterem a proposta de reajuste salarial apresentada pelo prefeito Marcos Trad (PSD). 

O projeto da prefeitura visa aumentar em  67,13% de forma escalonada nos próximos três anos, contudo, o texto não considera o reajuste do piso nacional de 33,24%, sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro.

Dessa forma, o presidente do Sindicato, Lucilio Nobre, afirma que a proposta não foi inteiramente rejeitada, mas, o texto passará por modificações para que os professores tenham mais segurança jurídica caso o acordo seja fechado. 

O texto encaminhado não dá garantia que a correção do piso nacional vai ser aplicado a lei e não diz quando vai ser corrigido.”, pontua Nobre

E completa: “A proposta não foi rejeitada, mas vamos ajustar o texto para dar mais segurança jurídica para a categoria.”

O texto será encaminhado para o prefeito na segunda-feira (7) e a categoria espera um retorno até quarta-feira (9). 

Caso a devolutiva não seja positiva os professores cogitam uma paralisação para o dia 11 deste mês com um protesto na frente do prédio da prefeitura. 

No mesmo dia, será realizada uma reunião extraordinária para decidir sobre a greve, que poderá ocorrer no dia 16. 

Durante a reunião, muitos profissionais se mostraram favoráveis à paralisação. 

Diante da iminente renúncia de Trad para se candidatar ao governo de Mato Grosso do Sul nas eleições deste ano, uma outra preocupação entre os profissionais é ter que começar as negociações desde o início, uma vez que quem assumirá será a vice, Adriane Lopes.  

Proposta

Conforme já divulgado pelo Correio do Estado,  na quarta-feira (2), o prefeito Marcos Trad apresentou uma proposta de reajuste do salário dos professores, no qual o aumento seria escalonado em seis parcelas, que passaria a valer em fevereiro deste ano e iria até outubro de 2024. Ao todo, seria 67,13% de aumento. 

Ainda de acordo com a prefeitura, os primeiros 10,06% de reajuste, aprovados no mês passado, serão pagos já neste mês de março. 

O escalonamento seguiria com reajuste de 10,39% na segunda parcela, a ser paga em novembro. 

Já o terceiro e quarto aumento seria de 11,67%, pagos em maio outubro de 2023. 

Uma quinta parcela de 11,64% ficaria para maio de 2024 e a última para outubro de 2024, também de 11,67%. 

Fonte:  Correio do Estado – Por Ana Clara Santos e Thais Libni – Foto: Professores de Campo Grande cogitam greve caso texto da proposta não seja aprovado pela prefeitura – Gerson Oliveira

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