Arara-azul é oficializada como ave símbolo de Mato Grosso do Sul

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A arara-azul (Anodorhynchus hyacinthinus) agora é oficialmente a ave símbolo de Mato Grosso do Sul. A honraria foi concedida pela Lei Estadual nº 6.442, sancionada em 3 de junho de 2024 e publicada nesta quinta-feira (4) no Diário Oficial do Estado. A proposta é de autoria do deputado estadual Junior Mochi (MDB), que também assinou a lei que, na semana passada, reconheceu o tuiuiú como ave símbolo do Pantanal sul-mato-grossense.

A nova legislação busca reforçar o compromisso de Mato Grosso do Sul com a preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável, conforme destacou o parlamentar.

“Essas leis simbolizam o reconhecimento do nosso patrimônio natural e o compromisso com a biodiversidade do estado”, afirmou Mochi.

Espécie ameaçada

Classificada como vulnerável pela IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza) e como quase ameaçada de extinção no Brasil pela lista do Ministério do Meio Ambiente (2018), a arara-azul habita principalmente o bioma Pantanal. Sua presença está associada a áreas com palmeiras de acuri, bocaiúva e manduvis, que fornecem tanto alimento quanto espaço para nidificação.

Estudo de 2003 realizado pelo Instituto Arara Azul estimava cerca de 5 mil indivíduos no Pantanal sul-mato-grossense. Desde então, o trabalho de conservação inclui a instalação de ninhos artificiais e monitoramento das populações.

Impacto dos incêndios

Em 2023, os incêndios que devastaram o Pantanal comprometeram seriamente a sobrevivência da espécie. O fogo destruiu árvores, alimentos, ninhos naturais e artificiais, forçando o instituto a reconstruir parte da estrutura com ajuda de doações de apoiadores.

“As araras viveram uma situação dramática. A destruição do habitat, dos ninhos e das árvores afetou diretamente sua reprodução”, informou o Instituto Arara Azul em nota.

Ameaças à espécie

Além dos incêndios, a arara-azul sofre com:

  • Captura ilegal para o comércio e domesticação (intensa até a década de 1980);
  • Destruição do habitat devido a queimadas, pecuária e agricultura extensiva;
  • Caça e coleta de penas para o artesanato.

A nomeação como símbolo estadual visa ampliar a visibilidade sobre a importância da conservação da espécie, mobilizando esforços públicos e privados em sua defesa.

Fonte: Jornal do Estado – Foto: Divulgação

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