
AstraZeneca retira sua vacina contra Covid-19 do mercado
Grupo farmacêutico citou queda na demanda em justificativa. Imunizante foi um dos primeiros aplicados durante a pandemia, mas perdeu espaço para vacinas de mRNA. O conglomerado farmacêutico anglo-sueco AstraZeneca anunciou nesta quarta-feira (08/05) o fim das vendas de sua vacina contra a Covid-19 – uma das primeiras produzidas na pandemia – citando uma redução da demanda.
“Como desde então foram desenvolvidas múltiplas vacinas contra variantes da Covid-19, há um excedente de vacinas atualizadas disponíveis. Isto levou a uma queda na demanda pela Vaxzevria [nome comercial da vacina da AstraZeneca], que não está sendo mais produzida ou fornecida”, afirmou o grupo em um comunicado.
A retirada da vacina do mercado teve início na Europa. Na terça-feira, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) que a autorização de venda da Vaxzevria foi retirada “a pedido do titular da autorização”, ou seja, o próprio laboratório farmacêutico.
A empresa também afirmou que “trabalhará com outros reguladores em todo o mundo para iniciar a retirada das autorizações (…) em locais sem previsão de futuras demandas para a vacina”.
A AstraZeneca, que desenvolveu a vacina em parceria com a Universidade de Oxford em 2020, disse ainda que deseja “concluir este capítulo” e destacou o “orgulho do papel da Vaxzevria para o fim da pandemia global”. “Segundo estimativas independentes, mais de 6,5 milhões de vidas foram salvas apenas no primeiro ano de uso do medicamento”, acrescentou a empresa.
Trajetória
A vacina, que também já foi chamada de Covishield ou “Vacina de Oxford” foi uma das primeiras a chegar ao mercado, ainda em janeiro de 2021. A primeira aplicação no público em geral ocorreu no Reino Unido. Mais de 3 bilhões de doses foram distribuídas em todo o mundo desde então.
Fonte: IstoÉ – Foto: A vacina, que também já foi chamada de Covishield ou “Vacina de Oxford” (© IstoÉ)
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