Morre Luiz Lands, dono da FM Capital e de uma história no rádio

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O empresário Luiz Lands Reynoso de Farias, de 76 anos, faleceu esta madrugada no Hospital Proncor, em Campo Grande. Ele passou mal em casa, teve febre alta e falta de ar, foi levado à unidade por familiares, foi entubado e acabou falecendo por volta de 3h, com infecção generalizada.

Ele fundou o Grupo Capital, dono da FM Capital, da Rádio Laguna, de Jardim, e da Jovem Pan, empreendimento mais recente. A nora, Soraya Dibo, contou que o sogro estava com problemas de saúde recorrentes, tendo ficado mais debilitado depois que perdeu o único filho, Carlos, há cerca de dois anos.

Ele vivia com Soraya e os netos. Ela informou que o velório será das 11h30 às 16h, no Parque das Primaveras, onde será sepultado. Segundo a empresária, Lands era muito ligado aos netos, com convivência muito presente, já que moravam juntos. Ele deixou ainda uma filha, Carla.

Lands atuou na Difusora, mas ele já tinha laços com o rádio. Segundo a reportagem apurou, o pai dele fundou a Rádio Laguna, em Jardim, há 42 anos. Antes de se tornar empresário do ramo, ele comandou a comunicação na Prefeitura de Campo Grande.

O radialista Joel Silva conviveu com ele. Veio de Aquidauana em 1990 em busca de emprego e com uma carta de apresentação do ex-prefeito da cidade e ex-deputado Raul Freixes. Naquele momento, não conseguiu a oportunidade e foi para a Cultura.

Na época já existia o programa Tribuna Livre, famoso nas manhãs. Joel conta que soube pelo filho de Lands que o pai recomendou que o ouvisse, porque considerava que poderia ser sucessor do famoso Rui Pimentel, falecido em 2010.

Não foi para o Tribuna, mas acabou contratado pela Capital para um programa de notícias ao meio dia. Permaneceu por dez anos, construindo uma tradição para esse horário, “pois era sem audiência  e nele eu poderia fazer a transição. Seu Lands disse, “não é sem audiência, eu escutaria entrevistas na hora do almoço”.

A morte do filho de Lands abalou também o radialista, que chegou a pensar em sair do rádio, “mas ele me convenceu a buscar novos ares, e mesmo que não ficasse lá, eu não abandonasse o rádio.” A perda do filho abalou muito o empresário, lembra Silva. “Nós falávamos por whats app e quase sempre o assunto era o Cacá. Ele nunca mais foi o mesmo.”

Silva trabalhou com informação mas destaca o reconhecimento que o empresário deu à música sertanejo, gênero que faz muito sucesso no Estado. O radialista lembra do convívio do dia a dia na emissora. “Foram 10 anos e todos os dias eu chegava pra apresentar o programa do meio dia, ele tava saindo com o jornal embaixo do braço e dizia “não fala bobagem que vou te ouvindo até em casa”. 

Fonte: JornaldoEstado/Redação – Foto: Empresário tinha 76 anos, passou mal ontem e faleceu em hospital de Campo Grande/Arquivo

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