Peruano que matou irmãs campo-grandenses no Japão é condenado a prisão perpétua
O peruano Edgard Anthony La Rosa Vite, foi condenado a prisão perpétua por matar as irmãs campo-grandenses Akemy e Michelle Maruyama, de 27 e 29 anos, respectivamente, na cidade de Handa, no Japão. O crime aconteceu em dezembro de 2015 e o julgamento a sentença de condenação foi proferida nesta madrugada, no Tribunal Distrital de Nagoya.
Os corpos das irmãs foram encontrados carbonizados, com sinais de estrangulamento, no dia 31 de dezembro de 2015, no apartamento onde moravam.
De acordo com informações da agência de notícias japonesa NHK, para embasar a decisão, a corte apontou evidências como a compatibilidade da gasolina usada para incendiar o apartamento das vítimas com a do carro do acusado.
“A dor da família enlutada é imensurável”, afirmou o juiz responsável pelo caso.
o Ministério Público do Japão havia pedido a prisão perpétua do acusado, alegando, entre outros pontos, a impossibilidade de recuperação do peruano.
Durante o julgamento, Edgard alegou ser inocente e não se lembrar do dia do crime. Já a defesa sustentou que ele estava sob efeito de drogas no dia do crime, sem capacidade de distinguir o certo do errado.
Edgard Anthony La Rosa Vite era ex-marido de Akemy, com quem foi casado por seis anos e teve duas filhas, que tinham 4 e 5 anos na época. O casal estava separado há três meses quando houve o crime.
Na cena do crime, os investigadores recolheram um galão de gasolina, que teria sido usado para incendiar o apartamento após o estrangulamento das vítimas.
Na época, a mãe das vítimas, Maria Aparecida Amarilha Scardin Maruyama, moradora de Campo Grande, disse que o peruano tinha um histórico de violência e já havia agredido uma das filhas, além de ameaçar a ex-esposa após o fim do relacionamento.
O caso
Akemy morava com Michelle em um apartamento na cidade de Handa, próxima a Tóquio.
A polícia local divulgou, na época, que o apartamento, situado no conjunto habitacional Nishikamezaki, foi incendiado propositalmente, com gasolina. O fogo só foi controlado quase 1 hora depois da chegada do Corpo de Bombeiros e o local ficou totalmente destruído.
Ainda conforme o apurado pela polícia, exames iniciais indicaram que as duas foram estranguladas antes do incêndio. Equipes de peritos também encontraram em um dos cômodos da casa um galão onde estava o combustível usado para queimar o apartamento.
As duas crianças, filhas de Akemy, viviam no apartamento. Elas foram recolhidas por órgão de proteção da cidade e não sofreram ferimentos.
A decisão foi encaminhada para o Ministério das Relações Exteriores, que informou o governo japonês, pedindo que acatasse a decisão, já que o Japão não tem obrigação de cumprir a determinação brasileira.
Na época, a família fez uma vaquinha para conseguir trazer as crianças para Campo Grande e também teve apoio do Ministério das Relações Exteriores, que auxiliou na vinda das meninas para o Brasil. Atualmente, elas moram com a avó.
Fonte: Portal R7/Internacional – Foto: Divulgaçao
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