Consórcio de imprensa lulista e comunistas debatem 8 de janeiro

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O ato criminoso de 8 de janeiro, que teve a participação de agentes do governo comunista de Lula (PT) e militantes petistas infiltrados em meio a patriotas, completa um ano hoje e foi motivo de debate, denominado ‘democracia inabalada’ no Congresso Nacional. 

Para lideranças políticas, a data foi comemorada com mais uma narrativa dos próprios responsáveis pelos ataques aos prédios dos Três Poderes na tentativa de desestabilizar a direita, liderada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que sente-se perseguido até hoje desde a campanha eleitoral que trouxe Lula de volta à cena do crime, como tachou Geraldo Alckmin, então adversário o presidente e hoje vice-presidente da República. 

O presidente Lula e demais chefes de Poderes conduziram ato em defesa da “democracia”, no Congresso Nacional, em alusão ao marco de um ano após as invasões orquestradas pelo governo comunista que, inclusive, se negou a entregar todos os vídeos dos prédios públicos, solicitados pela CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) que investigou o caso. 

O líder comunista também liberou verbas bilionárias para comprar apoio de congressistas, muitos dos quais foram obrigados a retirar suas assinaturas da CPMI no Congresso.

Não foi à toa que parlamentares pediram o indiciamento do então chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) general Gonçalves Dias.

Ele é acusado de ‘assessorar’ os petistas infiltrados no manifesto de 8 de janeiro, que resultou na depredação dos prédios dos Três Poderes. 

O relator da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Câmara Legislativa do Distrito Federal), deputado distrital Hermeto (MDB), poupou a cúpula da Polícia Militar do DF em relação aos atos de vandalismo do 8 de janeiro, quando as sedes dos Três Poderes foram atacadas.

Ao mesmo tempo, o parlamentar pediu indiciamento de Gonçalves Dias.

Nesta segunda, Lula lembrou nas redes sociais os atos criminosos e afirmou que a democracia brasileira está “inabalada e fortalecida”.

“Democracia inabalada e fortalecida. Neste 8 de janeiro, um ano depois da tentativa de golpe, Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal reforçam o compromisso com a Constituição do Brasil. A defesa da Carta Magna é dever de todas e de todos. A democracia nos une. Bom dia”, escreveu Lula nas redes sociais.

A solenidade começou por volta das 15h, no Salão Negro do Congresso Nacional. Participam do evento os presidentes do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG); do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso; e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Também está presente o procurador-geral da República, Paulo Gonet.

Além deles, estão presentes diversas autoridades, como ministros, os comandantes das Forças Armadas (Exército, Marinha e Força Aérea), governadores, prefeitos, juristas e parlamentares ligados ao governo.

Também está no evento a ministra aposentada do STF Rosa Weber, que ocupava a Presidência do Supremo durante os atos antidemocráticos. A expectativa é que cerca de 500 convidados participem do evento.

Golpe é “fantasia” para legitimar polarização, diz Aldo Rebelo

Há poucos políticos com um histórico tão completo quanto Aldo Rebelo. Foi deputado federal por 5 mandatos, presidente da Câmara dos Deputados (2005-2007), e ministro de 4 pastas diferentes nos governos petistas: Coordenação Política (2004- 2005), Esporte (2011-2015), Ciência e Tecnologia (2015) e Defesa (2015-2016).

Hoje, porém, ele contesta uma das principais narrativas do 3º governo de Lula: a de que seu governo quase sofreu uma tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023.

Para o ex-ministro, trata-se de uma “fantasia” entoada pelo petista e seus seguidores para manter viva a chama da polarização política e dar tração a uma aliança entre o Executivo e o Judiciário para se contrapor ao Legislativo para legitimar esse sentimento que tem norteado a política nos últimos anos. 

“É óbvio que aquela baderna foi um ato irresponsável e precisa de punição exemplar para os envolvidos. Mas atribuir uma tentativa de golpe a aquele bando de baderneiros é uma desmoralização da instituição do golpe de Estado“, disse o ex-ministro em entrevista ao Poder360.

Aldo comparou os ataques de 8 de Janeiro ao movimento do MLST (Movimento de Libertação dos Sem Terra), uma dissidência do MST, que em 6 de junho de 2006 invadiu a Câmara dos Deputados, depredou parte do patrimônio e deixou 24 pessoas feridas, sendo uma em estado grave.

“Eles levaram um segurança para a UTI, derrubaram um busto do Mario Covas. Eu dei voz de prisão a todos. A polícia os recolheu e eu tratei como o que eles de fato eram: baderneiros. Não foi uma tentativa de golpe. E o que houve em 8 de Janeiro é o mesmo“, comparou. Na época, Aldo era o presidente da Câmara dos Deputados.

Segundo ele, a ideia de que Lula e as ações do STF (Supremo Tribunal Federal) salvaram a democracia servem a um outro propósito. Ambos enfrentam dificuldades no Legislativo. Lula teve dificuldade em aprovar pautas de seu interesse em 2023 e viu uma número robusto de vetos serem derrubados.

Judiciário, por outro lado, lida com projetos de lei que visam diminuir o seu poder. “Atribuir ao STF a responsabilidade de protetor da democracia é dar à Corte uma função que ela não tem nem de forma institucional, nem politica. Isso atende às necessidades do momento. Há uma aliança do Executivo e do Judiciário em contraponto ao Legislativo, onde o Executivo não conseguiu ter maioria. É uma compensação“, afirmou.

Impeachment

Aldo sempre militou na esquerda. Lutou contra a ditadura militar e foi filiado a maior parte de sua carreira política ao PC do B. Nas últimas eleições, concorreu ao Senado pelo PDT.

Em 2015, foi voz ativa contra o impeachment de Dilma Rousseff (PT). Era crítico das medidas do STF que, em sua avaliação, permitiram que o processo continuasse até destituir a petista.

“Tive sempre uma posição critica com relação à destituição da presidente Dilma, que foi um erro histórico. E contou com o protagonismo importantíssimo do STF“, afirmou. (Com informações do Poder360).

Fonte: ConjunturaOnLine/Redação – Foto: Ato conta com a participação de várias autoridades públicas (Foto: Agência Câmara)

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