
Brasil vai sediar a cúpula dos países da América do Sul nesta terça-feira
O Brasil vai sediar a cúpula dos presidentes da América do Sul, em Brasília, nesta terça-feira (30). Até o momento, todos os chefes de estado sinalizaram intenção de participar presencialmente da reunião, com exceção ao do Peru, segundo fontes ligadas ao Itamaraty. A presidente do Peru, Dina Boluarte, não poderá sair do país, mas enviará ao evento como representante o chefe do conselho de ministros.
A previsão é de que, na cúpula sul-americana, os líderes tenham duas sessões de trabalho, uma pela manhã e a outra à tarde. No período noturno vai ocorrer um jantar. Segundo o Itamaraty, a ideia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é fazer uma reunião com formato restrito para que haja, de fato, uma troca de ideias entre os líderes. O governo brasileiro também se prepara para reuniões bilaterais do petista com os demais presidentes.
O objetivo do encontro, de acordo com o Palácio do Planalto, é promover um diálogo franco entre todos para identificar denominadores comuns, discutir perspectivas para a região e reativar a agenda de cooperação sul-americana em áreas-chave, como saúde, mudança do clima, defesa, energia, entre outros pontos.
A cúpula é uma iniciativa de Lula. No convite feito aos demais líderes, o petista disse que é “imperioso que voltemos a enxergar a América do Sul como região de paz e cooperação, capaz de gerar iniciativas concretas diante do desafio, que todos compartilhamos e almejamos, do desenvolvimento sustentável com justiça social”.
Sondagem econômica da América Latina
O encontro dos líderes sul-americanos ocorre sob o contexto de piora da avaliação da situação atual em dez países da região, em que o principal problema é a falta de confiança na política econômica, de acordo com a Sondagem Econômica da América Latina da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
O indicador de clima econômico da América Latina recuou de 73,4 pontos para 65,8 pontos entre o primeiro e o segundo trimeste de 2023. O resultado é explicado pela queda do índice que mede a percepção dos especialistas sobre a situação econômica atual, que caiu 24,7 pontos entre os dois períodos deste ano. No sentido oposto, o indicador que mede as expectativas ganhou 10,2 pontos e subiu para 80,3 pontos.
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