
Copa do Mundo pode movimentar R$ 1,5 bi no comércio brasileiro
Com a proximidade da Copa do Mundo de 2022, que será realizada de 20 de novembro até 18 de dezembro, comércio brasileiro se prepara para alavancar o faturamento. Dessa forma, de acordo com a estimativa divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) na última quinta-feira (6), há a previsão que as vendas aumentem 7,9% em comparação ao volume registrado em 2018.
Assim, ainda segundo a CNC, o mundial deve movimentar R$ 1,48 bilhões. Ou seja, R$ 110 milhões a mais que o montante apurado na Copa do Mundo de 2018.
O que diz a CNC?
Segundo o José Roberto Tadros, presidente da CNC, embora a alta nas vendas seja pequena, os lojistas devem comemorar.
“A Copa do Mundo vem depois de um período de pandemia que trouxe reflexos profundos ao varejo, que está retomando os volumes de venda e, nesse sentido, esse crescimento deve ser comemorado”, afirmou Tadros.
Além disso, vale destacar que a “projeção conservadora”, conforme foi classificada pela CNC, ocorreu devido à alta dos juros no Brasil, atenuada pela menor taxa de câmbio.
Venda de TVs para a Copa do Mundo
Primeiramente, mais de 1 ⁄ 3 do faturamento total previsto para o comércio com a Copa do Mundo de 2022 deve partir, de acordo com as estimativas da CNC, das vendas no segmento de móveis e eletrodomésticos. Assim, a previsão é de R$ 544,5 milhões em vendas.
Em seguida vem o segmento de eletroeletrônicos e artigos pessoais, somando R$ 322,6 milhões. Desse modo, a principal aposta do comércio, de acordo com a instituição, está na venda de Smart TVs. Isso porque as importações do aparelho triplicaram no mês de setembro se comparadas com o mesmo período de 2021.
“A busca na internet costuma acelerar três meses antes do Mundial e, neste ano, como o campeonato será realizado a menos de uma semana antes da Black Friday, as compras devem ocorrer mais perto do próprio evento”, afirmou Bentes.
Além disso, o economista ainda destacou que o valor das Smart TVs vem caindo ao longo do ano. Isso porque o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), indicador oficial da inflação no Brasil, destaca uma queda de 3,2% no preço médio dos aparelhos entre janeiro e agosto de 2022.
Por fim, a queda dos preços, de acordo com Bentes, persistiu em setembro. Dessa maneira, os valores cobrados pelas TVs entre 40” e 49” caíram 5,8% na comparação com o mês de abril. Ou seja, passaram de R$ 1.963 para R$ 1.849, em média.
Já as TVs menores, de até 39”, sofreram redução menor, de 4,8%, isto é, passaram de R$ 1.159 para R$ 1.103. Assim, apenas os modelos de telas superiores a 50” aumentaram, passando de R$ 2.413 para R$ 2.526, ou seja, uma alta de 4,7%.
Fonte: Portal R7/Economia – Foto: reprodução
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