Kelmon é padre ou não é? Entenda os títulos e relação com igreja ortodoxa

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Comentado nas redes sociais após a sequência de debates, o candidato à presidência pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Kelmon Luis da Silva Souza, apresenta-se como padre e traz consigo insígnias e trajes religiosos. 

Entretanto, vale ressaltar que, como replicado inclusive pela Igreja Ortodoxa Siriana de São Jorge – em Campo Grande -, o candidato não é membro da Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia no Brasil “em nenhuma de suas paróquias, comunidades, missões ou obras sociais”. 

Ainda ontem (29), o nome do candidato voltou aos assuntos mais comentados após ser alvo do comentário de candidatos, que o chamaram desde de “padre de festa junina”, erraram seu nome, apontando Kelmon como “impostor” até mesmo “fariseu”. 

Importante frisar que, Kelmon Luis da Silva e Souza substituiu o Presidente Nacional do Partido Trabalhista Brasileiro – e seu amigo pessoal – Roberto Jefferson, como candidato do PTB, após esse ter o registro de sua candidatura negado pelo plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

Roberto Jefferson, ainda em 2012, foi julgado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, condenado no mensalão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a cumprir sete anos e 14 dias de prisão. 

Kelmon é baiano e se autoproclama padre ortodoxo, apesar de não fazer parte da comunhão das Igrejas Ortodoxas do Brasil.  Ele já teve seu nome avaliado pelo TSE, pois seria vice de Roberto Jefferson, e não tem impedimentos legais.

Críticas

Soraya Thronicke (União Brasil), durante um embate entre eles, foi chamado de “padre de festa junina” pela candidata.  

Na manhã desta sexta-feira, a candidata sul-mato-grossense deu sequência às críticas e publicou uma foto do padre vestido a caráter com a legenda “eu não menti”.  

“O senhor é que nem o seu candidato. Nem Nem. NÃO ESTUDA E NEM TRABALHA. E nunca deu a extrema unção porque é um padre de festa junina”, disse ainda Soraya em outra ocasião durante debate. 

Além dela, o ex-presidente Lula também “mirou” no suposto padre e rendeu momentos que foram desdobrados pelos internautas nas redes sociais.  

“Candidato laranja não tem respeito por regra. Candidato laranja faz o que quer”, comentou Lula após ser interrompido pelo candidato do PTB.  

Depois, o ex-presidente também questionou a origem do padre perguntando “De onde você veio? Que igreja”, apontando o comportamento de Kelmon como o semelhante ao de um “fariseu”. 

É padre ou não é

Kelmon, após debate, comentou a polêmica a qual se viu envolvido e afirmou ser “um sacerdote”.  

“Eu sou parte da igreja ortodoxa. A igreja ortodoxa não é uma igreja ortodoxa. São várias jurisdições ortodoxas. A minha jurisdição é a Igreja Ortodoxa Siro Malankara”, comentou.  

Porém, é importante apontar que o autoproclamado padre utiliza dos símbolos da Sirian Ortodoxa de Antioquia no Brasil (eskímo e véu com cruzes bordadas).

Além disso, é a Igreja Católica Apóstólica Ortodoxa do Perú quem reconhece o candidato à presidente como “Pároco Interino”, mas conforme a igreja, o próprio Kelmon da Silva solicitou “licença eclesiástica” pelo tempo em que exercer a atividade política, a contar a partir de 02 de agosto de 2022. 

Entretanto, a própria Sirian Ortodoxa de Antioquia frisa que, por sua vez, o candidato não é e nunca foi membro leigo, ou clérigo, de nenhuma das chamadas igrejas irmãs, sem possuir qualquer relação ou comprometimento com os feitos da entidade. 

Fonte: Correio do Estado/da Redação – Foto: Kelmon é baiano e afirma ser padre ortodoxo, mas não faz parte da comunhão das Igrejas Ortodoxas do Brasil – Reprodução/ TV Globo

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