Justiça inocenta farmacêutica Renata Rocha
A Justiça inocentou a farmacêutica Renata Batista da Rocha, que foi acusada de desviar medicamentos da Farmácia Municipal do Município de Anastácio, ela que é do Município de Alcinópolis, mas na época prestava serviço naquela municipalidade, e em 2018 chegou a ser detida na BR-262 pela Polícia Civil de Dois Irmãos do Buriti. E com ela, a polícia localizou duas caixas de Remédios (Prednisona suspensão), sendo então conduzida para delegacia de Anastácio, onde prestou esclarecimentos e foi liberada logo em seguida.
Em depoimento, a Farmacêutica Renata B. Rocha contou que tinha autorização para fazer as trocas, permutas e, mesmo com autorização, sempre informava a equipe de trabalho e para sua superior. sua superior imediata era a Secretária Municipal de Saúde do Município. Renata pediu para levar uma caixa do medicamento para ver se o município de Dois Irmãos estava precisando, porque no estoque da farmácia do Município de Anastácio contava com uma quantidade grande do medicamento.
Na época, a Secretária Municipal de Saúde, Aline Cauneto disse que iria apurar os fatos, porém estranhamente pediu a exoneração da funcionária sem realizar qualquer tipo de averiguação ou diálogo com a Farmacêutica Renata B. da Rocha, já que a mesma estaria a frente como gestora Municipal de saúde e teria de acompanhado o caso como mais responsabilidade.
Transcorridas as audiências para averiguação dos fatos, após ouvir as testemunhas, ambas as equipes envolvidas nos dois Municípios que fariam a troca dos medicamentos, foram incisivas em afirmarem que, “a troca fazia se necessária para atender as demandas dos pacientes e no dia dos fatos, Renata comunicou que iria levar as caixas de medicamentos à Dois Irmãos do Buriti”. Em outros depoimentos de testemunhas, informaram que “Renata ao sair com tal medicamento avisou toda equipe de farmácia, que estava se deslocando à Dois Irmãos no intuito de realizar a eventual troca ou doação” e que também, “a secretária de saúde tinha conhecimento das trocas de fármacos, inclusive tudo era comunicado por grupo de WhatsApp administrativo e que também, Renata utilizava seu veículo próprio para realizar tal ato”.
Em audiência, a Secretaria de Saúde na época, Aline Cauneta, agora relatou ao Juiz que: “pediu para que puxassem do sistema, para que identificasse se existia a suposta ausência dos medicamentos, pois na data que a funcionária me informou até a situação da ocorrência, não teve nenhuma outra informação, nenhuma irregularidade foi encontrada no Sistema”. No decorrer dos depoimentos, a mesma afirmou, “que a própria Renata me informou que estaria levando os medicamentos até a cidade de Dois Irmãos do Buriti para fazer troca” e que a mesma, “tinha em sua atribuição profissional, autonomia para realizar trocas de medicamentos”.
Como observado nos autos conclusos pelo Ministério Público, não restou configurado que a denunciada se apropriou dos fármacos em proveito próprio ou alheio, eis que não há informações/documentos que aponte eventual venda combinada dos medicamentos na comarca de Dois irmãos. Além de que as testemunhas inquiridas em juízo não apontam tal autoria delitiva, não havendo elementos suficientes para apontar a autoria da parte ré, eis que o fato não ocorreu na surdina, ou seja, as pessoas que trabalhavam na farmácia deste município e ouvidas em juízo, foram categóricas e uníssonas em apontar que tinham ciência que Renata estava indo realizar uma doação/permuta do fármaco.
De acordo com o Juiz Luciano Pedro Beladelli, da comarca de Anastácio, as “provas produzidas durante a fase de inquérito policial não podem, por si só, embasar eventual condenação. É necessário, pois, que haja provas concretas”.
Em sua defesa, Renata B. Rocha, após conclusão de inocência dos fatos pelo Ministério Público, desabafou dizendo que sempre “achou estranho que a Policia Civil supostamente estava na BR a esperando”, pois não tinha nenhum outro carro sendo parado, apenas o dela. “Para mim, foi claro que a tal denúncia na época foi orquestrada por pessoas de más intenções e índole, inclusive por perseguição pessoal e inveja profissional, já que sempre realizei minhas funções com praticidade e competência, o que incomodava algumas pessoas”.
EM ENTREVISTA COM A FARMACEUTICA RENATA B ROCHA ela nos contou em detalhes:
“Eu fui ACUSADA de um crime que eu não cometi, eu sempre trabalhei de domingo a domingo. Fui atacada pela mídia, desmoralizada, ofendida, humilhada, tive minha imagem denegrida, fui covardemente chamada de ladra. “foi armação e prefiro não citar o nome creio que está bem claro no processo”. Me sinto aliviada pois SEMPRE ACREDITEI NA JUSTIÇA. Pessoas mal-intencionadas e de índoles questionáveis jogam baixo. A calúnia, a difamação, a exposição nas redes sociais, não feriram somente a mim, feriram meu Pai, minha família e os verdadeiros amigos.
A Gestora (Secretária Municipal de Saúde) sempre soube das TROCAS SIM, que conforme o depoimento da mesma, eu sempre informei em tempo real o serviço que eu prestava tanto a ela quanto aos colegas de Serviço. Se foi má intenção ou não, fica o parecer final dos fatos pelo Ministério Público, onde fui inocentada.
Ainda em entrevista, perguntamos sobre a sua vida profissional durante esses 4 anos e seis meses de angústia e decepções com atitudes medíocres a que foi obrigada a passar até a conclusão dos fatos e se também a mesma gostaria de deixar uma mensagem sobre toda essa situação criada e inventada. Ela Respondeu:
“Mesmo com todas as dificuldades e injustiças, ergui a cabeça e continuei trabalhando, de domingo a domingo, inclusive sou empresária e proprietária Farmacêutica, luto e me dedico ao máximo. Tenho pena de que usa esse tipo de atrocidades para tentar denegrir a imagem de quem trabalha arduamente”.
A mensagem que deixo, é que “Nunca percam a Fé em Deus, a minha força veio dele e EU sempre acreditei na justiça do Homem. Ela existe”, disse Renata.
Fonte: Jornal Tendência do Estado – Por João de Oliveira
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