STF autoriza extradição de Rocco Morabitto, mafioso italiano mais procurado da Europa

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O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a extradição de Rocco Morabito, um dos homens mais procurados da Europa, acusado de integrar uma das maiores organizações criminosas da Itália, a ‘Ndrangheta, uma associação mafiosa que se formou na região da Calábria.

O pedido foi apresentado pelo Governo da Itália, para o cumprimento de quatro condenações criminais por tráfico internacional de drogas e envolvimento com organização criminosa, ocorridos em Milão.

Com a decisão, Rocco Morabito ainda deve aguardar uma  autorização do Presidente da República, Jair Bolsonaro, para ser enviado de volta à Itália.

Rocco Morabito estava foragido desde junho de 2019, quando fugiu de uma prisão no Uruguai, onde estava detido desde setembro de 2017.

De lá para cá, ele passou por muitas mudanças, que incluíram não só o país de residência, mas também alterações feitas no rosto e no corpo, com procedimentos estéticos.

Mesmo assim, acabou detido em um flat de luxo, à beira-mar, em João Pessoa, na Paraíba, onde ele havia alugado um apartamento, no terceiro andar, havia um mês da prisão.

A prisão dele ocorreu pela PF em uma ação internacional, que envolveu a Abin (Agência Brasileira de Inteligência), além da DEA e do FBI, dos Estados Unidos, e da polícia e procuradoria antimáfia da Itália. De acordo com todas as autoridades envolvidas, foi uma prisão histórica. Um mês atrás, as autoridades italianas compartilharam com as brasileiras informações de inteligência que apontavam onde Morabito poderia estar. 

Ele passou, seguramente, por São Paulo, Campos do Jordão (SP), Rio de Janeiro e Santa Catarina antes de chegar a João Pessoa. Lá, não ofereceu resistência à prisão. Foi levado para a superintendência da Polícia Federal na Paraíba e, de lá, foi levado em um jatinho para Brasília. Na capital federal, está detido na penitenciária federal da capital, que também abriga, além de membros da cúpula do PCC (Primeiro Comando da Capital), outros italianos mafiosos que aguardam seus processos de extradição.

O Núcleo de Jornalismo Investigativo da RecordTV apurou com autoridades estaduais de São Paulo e federais que, antes de ser preso, Morabito havia marcado uma reunião com integrantes do PCC, sem data certa, em Campos do Jordão. Lá, um dos criminosos que estaria presente seria Marcos Roberto de Almeida, o Tuta, apontado pela Promotoria paulista como o sucessor de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, à frente do PCC.

No julgamento da extradição, os ministros Dias Toffoli, Rosa Weber, Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes decidiram seguir o voto da relatora do pedido de extradição, a ministra Carmén Lúcia, em sessão da Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal), sendo a decisão, portanto, unânime e sem possibilidade de recurso.

Segundo o STF, estavam “presentes os requisitos que autorizam a solicitação, entre eles a instrução do pedido e a dupla tipicidade dos crimes (os fatos também são considerados crimes no Brasil)”.

Fonte: Portal R7 – Por Márcio Neves, da RecordTV – Foto: Mafioso italiano Rocco Morabito, depois de ser preso pela PF na Paraíba, em junho de 2019/Reprodução

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