
Em Campo Grande, casos de dengue caem em 80% de 2021 para 2022, diz secretária municipal de Saúde
Dados do boletim epidemiológico da Gerência Técnica de Endemias da Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande (Sesau) mostram que os casos de dengue tiveram uma queda brusca na capital de 2021 para 2022.
De acordo com o divulgado, fevereiro fechou com 123 casos notificados da doença, o que representa uma queda de 80% se comparado com o mesmo período do ano passado, quando foram registrados 669 casos.
Mesmo diante do resultado positivo, o secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho, pede que a população ainda se mantenha alerta quanto aos cuidados que precisam ser tomados para evitar a proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença.
“Além das ações desenvolvidas pelo poder público, é essencial que cada um faça a sua parte. Pedimos à população que colabore inspecionando suas residências quando possível, com o objetivo de identificar ambientes propícios à proliferação ou a criadouros do mosquito”, pontua
A prefeitura ainda informa que mesmo durante a pandemia de Covid-19, as ações de combate à endemia não foram descontinuadas em Campo Grande.
Além da visitação domiciliar dos agentes de endemias diariamente, os bairros com maior incidência de notificações recebem a borrifação de inseticida de Ultra Baixo Volume (UBV), conhecido popularmente como “Fumacê”.
Dentre as ações de combate à dengue desenvolvidas e executadas no Município está o projeto Wolbachia, que está finalizando a terceira fase de soltura dos mosquitos com a bactéria. O início da quarta fase está previsto para este mês de março.
Projeto Wolbachia
O método consiste na soltura de mosquitos Aedes aegypti infectados com a bactéria Wolbachia, já que eles ficam com a capacidade de transmissão de doenças reduzida.
Os insetos ficam circulando por cerca de 16 semanas em determinada região e vão se cruzando com outros mosquitos na natureza e, com o passar do tempo, a quantidade de Aedes Aegypti que possuem a bactéria vai crescendo.
Dessa forma, se espera uma redução da incidência de Dengue, Zika, Chikungunya e febre amarela, transmitidas pelo mosquito já que elas não se desenvolvem dentro do hospedeiro. Não há modificação genética nem no mosquito, nem na bactéria.
A WMP Brasil/Fiocruz são os responsáveis pelo desenvolvimento do método no Brasil.
Cuidados
- Os locais de armazenamento de água e vasilhas usadas como bebedouros para animais domésticos devem ser limpos com escova e sabão;
- Os recipientes para armazenamento de água deverão ser fechados com as tampas originais ou com uma tela de trama pequena, ou tecidos de tramas fechadas, de forma a evitar o acesso do mosquito;
- As caixas d’água devem passar por limpeza regular e estar bem fechadas.
Fonte: Correio do Estado – Por Ana Clara Santos – Foto: Arquivo Correio do Estado
Average Rating