
Riedel, Marquinhos e Rose despontam mais consolidados na corrida eleitoral
Faltando pouco mais de um mês para o período em que as candidaturas ao governo de Mato Grosso do Sul serão definidas, três pré-candidaturas começam a ganhar corpo perante as outras visando a disputa de outubro.
Os fatos dos últimos 10 dias colocam as pré-candidaturas de Marquinhos Trad (PSD), Eduardo Riedel (PSDB) e Rose Modesto (atualmente no PSDB, mas deve filiar-se ao União Brasil) como as mais consolidadas.
Dois nomes conhecidos do público – e também pré-candidatos –, os ex-governadores André Puccinelli (MDB) e José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT, ainda não foram a público mostrar mais detalhes de suas chapas, como, por exemplo, possíveis vices e composição partidária, por isso, ainda correm por fora.
O fato mais recente rumo à definição do cenário político para outubro foi dado nesta sexta-feira pelo prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad.
Ele anunciou o presidente do PSB regional e da Caixa de Assistência dos Servidores de Mato Grosso do Sul (Cassems), Ricardo Ayache, como pré-candidato a vice-governador em sua chapa.
Ayache, em seguida, pronunciou-se, mas não com a mesma veemência de Trad. Enquanto o prefeito alegava que o “martelo já estava batido”, Ayache confirmava o convite, mas não foi além desta palavra. Afirmou que a decisão será tomada somente em abril.
“Estou muito honrado com o convite, estive com o Marquinhos na reeleição dele”, afirmou Ayache, que ponderou em seguida, afirmando que a decisão ainda depende de uma discussão com os grupos aos quais é ligado, como a Cassems e o PSB.
“Teremos um debate muito profundo, que será feito com um grupo com o qual eu trabalho há décadas”, disse.
RIEDEL
Outra pré-candidatura que vem avançando no espectro político é a do secretário de Estado de Infraestrutura, Eduardo Riedel (PSDB). Ele deve deixar o governo de Reinaldo Azambuja no início de abril para se candidatar ao Executivo estadual.
Um dos passos para a viabilização de sua candidatura foi dado no fim de janeiro, quando o ex-prefeito de Bataguassu e ex-presidente da Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul Pedro Caravina (PSDB) deixou o cargo que ocupava no governo mais cedo, para se dedicar à pré-campanha de Riedel no interior.
Embora nas poucas pesquisas divulgadas no ano passado Riedel não aparecia no topo dos nomes preferidos pelo eleitor, as pesquisas qualitativas feitas pela cúpula tucana indicavam o perfil do secretário de Estado de Infraestrutura como o governador esperado por parte considerável dos eleitores.
O governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, comentou o cenário eleitoral em entrevista ao Correio do Estado. Segundo ele, as pesquisas feitas longe do período eleitoral demonstram muito mais o nível do conhecimento do pré-candidato do que, necessariamente, o desejo do eleitor.
“O eleitor que não está envolvido no dia a dia da política vai prestar atenção nos candidatos e nas propostas na época de campanha. Quando começa a propaganda eleitoral, ele começa a olhar os candidatos. E é ali que o candidato terá de se desempenhar”, afirmou.
A cúpula do PSDB também quer aproveitar o bom momento que a administração estadual chegará neste fim de ano, com programas sociais, programas de desconto ou redução de impostos e aumento para os servidores.
ROSE
Quem também se colocou no cenário político-eleitoral como pré-candidata é a deputada federal Rose Modesto.
Ela, atualmente no PSDB, já está com o passaporte carimbado para o União Brasil, partido homologado nesta semana pela Justiça Eleitoral.
Sem espaço no PSDB, por causa da pré-candidatura de Eduardo Riedel, Rose quer firmar sua candidatura com o lastro de seu futuro novo partido, que terá nada menos que a maior fatia do Fundão Eleitoral de R$ 4,9 bilhões. A distribuição deste dinheiro, porém, ocorrerá somente em junho.
Apesar da pré-candidatura de Rose, que no lançamento de seus planos, na segunda-feira, posicionou-se ao centro do espectro político, defendendo temas como educação (ela é professora) e criticando a inflação alta, a deputada ainda precisa deixar o PSDB na janela partidária, que acontece no mês que vem.
Enquanto a janela partidária não chega, todos os candidatos e pré-candidatos continuam conversando entre si e por meio de seus interlocutores.
No início desta semana, Marquinhos Trad se encontrou com Reinaldo Azambuja. Também nesta semana, André Puccinelli andou visitando o prédio da Governadoria, onde passou horas falando de seu futuro político com o secretário de Governo, Eduardo Rocha, que também é do MDB. O gabinete de Rocha, que é marido de Simone Tebet, fica a poucos metros do gabinete de Azambuja.
Rose Modesto, ainda tucana, mantém a interlocução com integrantes do partido, entre eles, Reinaldo Azambuja e o pré-candidato Eduardo Riedel.
Fonte: Correio do Estado – Da Redação – Foto: Divulgação
Average Rating