Na Capital, índice de feminicídios caiu, mas MS ainda vive “epidemia” do crime

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Em 2021, Campo Grande registrou dois casos de feminicídio, o menor número dos últimos 5 anos em relação ao ano passado, quando 12 mulheres foram assassinadas por causa do machismo na sociedade. Enquanto isso, as mortes no interior do Estado aumentaram em 22,22%, se comparado a 2020, quando foram 27 casos.

Este ano, sem contar as mortes em Campo Grande, foram 33 mulheres assassinadas, a maioria, por ex-maridos ou companheiros inconformados com fim do relacionamento.

“Infelizmente, ainda temos uma parcela da sociedade que não se acostumou com essa mulher cada vez mais fortalecida, que ocupa os mais variados espaços, dentro de casa, entre os amigos, dentro da família, como também em cargos”, disse a delegada Elaine Benicasa, titular da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), sobre as mortes em Mato Grosso do Sul.

A brutalidade com as mulheres em 2021 começou no dia 8 de janeiro, com a morte de Maristela Lescano, de 34 anos, em Coronel Sapucaia, a 400 km da Capital. Ela foi assassinada com golpes de madeira pelo companheiro, Anelson Lescano Montania, de 23 anos, que foi preso em flagrante, disse que estava bêbado e “perdeu a cabeça” ao ver a esposa com outro homem.

Já na Capital, nos primeiros 8 meses de 2021 não foi registrado nenhum caso de feminicídio, até que Silvana Domingos dos Santos, de 31 anos, foi assassinada com golpes de ferro, no dia 17 de agosto, no Bairro Jardim Los Angeles. Assassino confesso, a versão do pedreiro de 27 anos é que matou a mulher por desacordo comercial, já que Silvana era garota de programa e não ficou com o homem por 1h, conforme o combinado. Ele foi preso dez dias após o crime. A família, porém, não acredita nessa versão e ainda tem questionamentos em aberto sobre o crime.

Outro caso de feminicídio registrado em Campo Grande foi no dia 7 de dezembro, quando Maria do Carmo Brasil Nolasco, de 72 anos, foi morta com duas facadas, no pescoço e peito, pelo próprio filho, militar do Exército aposentado, Edilson Donato Nolasco, de 51 anos, no Bairro Coophatrabalho. O militar fugiu, mas foi preso em flagrante próximo ao local do crime.

Fonte: Campo Grande News – Por Aba Oshiro

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