
Opinião: como ‘peitada’ de Neymar fez árbitro chileno ser suspenso e provocou fato raro na Conmebol
Wilson Seneme, presidente da Comissão de Arbitragem da Conmebol, soltou a caneta nesta quarta-feira e resolveu suspender os árbitros que cometeram “erros graves”.
No jogo Brasil x Colômbia, 11 de novembro, pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2022, Roberto Tobar levou peitada e encarada de Neymar aos 8 minutos de jogo. Na ocasião, o brasileiro reclamou acintosamente após uma falta sofrida. Porém, o árbitro deixou o cartão guardadinho em seu bolso sem tomar nenhuma decisão disciplinar
Quando um árbitro recebe uma reclamação desta forma e nada faz, traz risco ao controle da partida, deixa de cumprir a regra e ainda põe em “xeque” sua autoridade no campo.
A Conmebol considerou que Roberto Tobar cometeu mais dois erros graves nesta partida, além da não punição disciplinar de Neymar, e o afastou por tempo indeterminado.
Andrés Cunha e Esteban Ostojich, árbitro e VAR de Argentina x Brasil, respectivamente, também foram punidos por tempo indeterminado. Andrés Cunha entendeu como força média a intensidade da cotovelada “criminosa” de Otamendi em Raphinha, sendo que o uso de força excessiva é claro, coloca em risco a integridade física do jogador e se torna conduta violenta, por a bola estar no chão e a agressão ocorrer na altura da cabeça.
O erro de leitura da arbitragem é inadmissível, ainda mais quando se trata de árbitros do quadro da FIFA. Ostojich ao ver o resultado da jogada com o sangue na boca do Raphinha, também deveria ter tido a leitura que algo sério ocorreu e ele não viu no campo de jogo. Árbitros experientes precisam ter o “feeling” apurado e ler o jogo de forma diferenciada.
Seneme puniu medalhões do quadro da Conmebol e FIFA, algo raro de se ver e tem que ser dito.
Entretando, se vê cada vez mais árbitros, sem generalizar, apitando por orientações que nem sempre vão de encontro ao jogo de futebol, árbitros sem leitura e conhecimento de futebol para entender o que acontece no campo e no jogo e, até mesmo, árbitros sem personalidade, vide a peitada de Neymar em Roberto Tobar e nada de punição disciplinar.
Como explicar tantos erros graves em campo e no VAR nos últimos dias, seja nas Eliminatórias ou no Brasil? Se o árbitro no campo é o produto final, tem algo muito errado no processo até chegar no jogo.
Fonte: ESPN – Por: Renata Ruel
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